sábado, 19 de abril de 2008

No final de fevereiro


Estou solteira, sim
Todo carnaval tem seu fim.
Mas pedirei a amoreira, que por ser namoradeira me dará a solução.
E a mensagem que me chegou foi abrir o coração.
Logo, lá fui eu,
Entrei no peito meu,
Bati sete vezes pra ele se abrir,
Mas ele não atendeu,
E um recado me deu,
Pegar a chave com um velho amigo rei meu.
Mas ele não sabe onde a chave está,
Parece que ele perdeu,
Ou esqueceu na casa de um amigo seu.

A coroa está lá dentro,
Guardada no coração,
E o trono vazio e solitário no salão.

Perdido como rei momo,
Em pleno carnaval dos amores,
Que veio fora de época.
Carnaval dos horrores.

Ah se eu soubesse que seria assim!
Deveria saber,
Pois todo carnaval tem seu fim.

Estamos no final de fevereiro, alguém chame um chaveiro!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O pato pateta, pulou a caneca, bateu....

Os dois patos,
Na beira da lagoa,
Esperam migalhas de amor.
Amor puro,
Amor sincero,
Daqueles raros,
Que terminam sempre com um abraço.
...
Mas por enquanto querem os patos
se abraçar em um laço.
...
Os dois patos,
-Patetas,
-Palhaços,
Procurando por diversão,
Não sabem nem aonde irão,
Será a lua o destino,
Ou o sol tão sozinho?
Será ao mar violento,
Ou se jogarão ao vento?

Peças sem destino,
Girando como redemoinho,
No furacão do coração,
Que juntou esses dois sem noção.

-Só por zoação.

Aonde irão meu Deus?
Aonde irão.

Irão voar para o céus.
Se não caírem no vão.

(QuáQuáQuáQuá!)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pio, pio, pio

Como é triste minha vida,
Tenho minha comida porcionada,
Por minha beleza e meu encanto,
Vivo pulando de uma lado ao outro.
Pois meus céus foram cortados,
E grades puseram em meus sonhos,
Cadearam-me para que eu não pudesse sair.
Até minhas assas foram tiradas de mim.
Me deram voz de prisão,
Foi pelo encanto do meu canto,
E de fazer o que ninguém faz,
Que é de por entre essas avenidas e praças
Poder voar.
Agora me caem a penas,
Sinto dor onde haviam assas,
Já não importa o que eu faça,
Por isso, pio, pio, pio, pio,
E até disso
Acham graça.
Por isso, pio, pio, pio...
E nada tenho a fazer além de piar...

sábado, 12 de abril de 2008

Sorria meu bem, sorria

Sorria meu bem, sorria
Pois já raiou o dia.
Levante meu bem, levante
Pois a cama não te ama como eu.
Levante e venha correndo e sorrindo
Visitar o meu sorriso;
É tão lindo o meu amor,
Porque insistes em dormir fazendo pinta de sério?
Sorria meu bem, sorria !
Seu sorriso sorrindo pra mim
Era tudo que eu queria.
Quem diria que um dia
Isso me faltaria.

Até as paredes do meu quarto
As quatro
Sentem minha dor,
E a vontade do desejo que tenho.
Sabem elas mais que você
Pois és burro como uma porta;
Só não mais que a minha,
Que continua aberta
Esperando você entrar...
Sorrindo,
Meu bem...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Não

Neguei ao meu beijo
A despedida,
Na medida
Daquilo que sempre volta.

Neguei aos meus olhos

Teu olhar,

E sob o luar
Eles ainda estavam lá.

Neguei a minha pele
Teu suor,
Como a chuva
Que nunca pára de molhar.

Neguei aos meus sonhos
Teus segredos
Logo parei de ter medo.

Neguei à você
Meu coração,
E parece que morri.