segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pio, pio, pio

Como é triste minha vida,
Tenho minha comida porcionada,
Por minha beleza e meu encanto,
Vivo pulando de uma lado ao outro.
Pois meus céus foram cortados,
E grades puseram em meus sonhos,
Cadearam-me para que eu não pudesse sair.
Até minhas assas foram tiradas de mim.
Me deram voz de prisão,
Foi pelo encanto do meu canto,
E de fazer o que ninguém faz,
Que é de por entre essas avenidas e praças
Poder voar.
Agora me caem a penas,
Sinto dor onde haviam assas,
Já não importa o que eu faça,
Por isso, pio, pio, pio, pio,
E até disso
Acham graça.
Por isso, pio, pio, pio...
E nada tenho a fazer além de piar...

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